domingo, 11 de setembro de 2011

O diário do sexto mês - de 22 a 26 semanas e 1 dia

Imagem do livro "O que esperar quando você está esperando", referente ao sexto mês.

Vou escrever agora o diário do sexto mês, apesar deste mês já estar bem documentado aqui. Fotografamos a barriga duas vezes, com 22 semanas  (http://comobumbumdebebe.blogspot.com/2011/07/22-semanas.html) e com 25 semanas; escolhemos o nome Luca (http://comobumbumdebebe.blogspot.com/2011/07/escolha-do-nome.html), o Tiago sentiu o primeiro chute do campeão - se é que é chute, pode ser soco, cabeçada, sei lá... (http://comobumbumdebebe.blogspot.com/2011/08/novidades.html) e o casal de rolinhas fez o ninho na nossa janela (http://comobumbumdebebe.blogspot.com/2011/08/gravidas.html).
O que falta contar? Vejamos. 
Em agosto, preocupada com a diabetes gestacional, comecei a anotar diariamente o meu peso. Desde que o médico me alertou em relação à balança, não consegui mais guardar o peso. Ao anotar diariamente pude controlar melhor. Pela minha balança (que nunca bate com a do obstetra) engordei 1 Kg em 15 dias (de 1/08 a 17/08)! Meu apetite continua voraz, porém mantenho a dieta balanceada (dieta ideal da grávida, do livro "O que esperar quando você está esperando). Apesar disso, de modo geral, as pessoas dizem que tenho engordado pouco. O que quer dizer que a aparência não condiz com a balança (ou que estão querendo me agradar). Imagino que seja porque eu estava abaixo do meu peso quando engravidei.
O Luca mexe muito, muito mesmo! Adoro ficar olhando a barriga. Agora é visível. Quero que todos ao meu redor sintam a emoção de percebê-lo. Porém, sempre que ele mexe e chamo alguém para colocar a mão, ele fica quietinho. Mesmo assim, o Tiago viu algumas vezes a barriga ficar disforme e dura na região em que o pequeno está. Isso me faz pensar em como é diferente para o homem e para a mulher esperar um filho. Nada se compara à experiência feminina... Nunca achei tão bom ser mulher. Já imaginou o meu filho mexendo na barriga de outra pessoa e eu não poder senti-lo todas as vezes?
As dores na região abdominal são frequentes e agora também sinto dores lombares e uma dor no meio da barriga, acima do umbigo. Esta última não sei do que se trata. 
Ah, e cãibras! Dei para acordar no meio da noite berrando de dor. Depois percebi que não adianta nada este alarde todo. Tudo o que tenho que fazer é ficar de pé. Passa e posso voltar a dormir. A Fadynha deu uma aula só sobre problemas de circulação e a cãibra é um deles. Ela recomendou banhos frios, ficar com os pés para cima (mais altos do que o coração), fazer massagem com bolinhas pererecas, beber mais água, comer mais potássio, praticar yoga diariamente. O meu livro de cabeceira ensina alongamento para preveni-las. Passei a fazer tudo como manda o figurino. Até melhorou, mas às vezes ainda sou pega de surpresa por uma cãibra daquelas...
Estou com um pequeno edema nas pernas, o que contribui para as cãibras.
Tive um sintoma bem estranho. Os meus livros falam sobre desmaios e tonteiras ocasionais, porém o que eu tive está mais para uma labirintite. Era como seu eu estivesse bêbada. Principalmente se olhasse para baixo, tudo rodava. Tive dificuldades de andar sozinha. Aconteceu durante uma noite em que trabalhei até tarde. No meio da noite, acordei para ir ao banheiro, e ainda senti tudo rodar. Depois passou, nunca mais tive nada parecido.
Congestão nasal, principalmente à noite, é um problema que tenho desde antes da gravidez e que durante este período piorou. Tenho feito lavagens com soro fisiológico, o que também melhora, mas não cura. Pelo menos a sinusite que tive no início não voltou.
A barriga coça que é uma loucura. Ainda bem que não sou o Tiago, que é coçador crônico. Consigo passar os cremes e me controlar.
O umbigo está quase todo pra fora e a barriga cada vez mais arredondada. Estou bem para usar aquelas camisas com os dizeres: "engoli uma melancia".
Não é só a cabeça que anda "dando defeito". Às vezes parece que tenho 6 dedos em cada mão: deixo tudo cair no chão, por conta do afrouxamento das articulações e pela retenção de líquido. Além de andar como uma pata, vivo tropeçando e esbarrando nos móveis, um pouco por conta de não saber mensurar o meu tamanho, um pouco pela mudança do centro de gravidade, causada pelo crescimento da barriga.
Na consulta obstétrica deste mês começamos a conversar com o Dr. Alexandre sobre a possibilidade de termos o acompanhamento da minha cunhada, Isadora, que é doula. Ele não viu impedimento, porém me disse para ver se o hopital permitiria. Eu gostaria muito de tê-la conosco, seria um grande conforto. Liguei para o hospital, só que não adiantou. Eles nem sabem o que é uma doula! Achei melhor tirar um dia e ir até lá conversar, o que ainda não fiz, por falta de tempo.
Desde o início da gravidez venho tendo umas coceiras na perna acompanhadas de umas manchas que parecem micoses. Elas vêm e vão. Sempre que marcava dermatologista elas iam embora e eu desmarcava. Porém, elas retornavam com mais força. Até que este mês consegui ir ao consultório e descobri que também são ossos do ofício da gestação. Porém, podem ser tratadas. Lá vamos nós, mais um item na minha rotina de grávida. 
Terminei o projeto do quarto do Luca e comecei a procura por quem o execute. Uma verdadeira novela, que em breve vou contar na página "Arquitetura".
Recomecei a sentir dor nos rins sempre que bebo menos água do que o recomendado ou fico muito tempo sem beber água. Esta dor me assusta muito, pois na gestação passada se transformou em um verdadeiro inferno. A boa notícia é que sei exatamente o que fazer para preveni-la e desta vez ela não veio para ficar, como na outra gravidez. É tomar água direitinho e ela se vai. A dificuldade é que nem sempre se tem um banheiro que possa ser usado de 5 em 5 minutos... Viajar, por exemplo, é duro pra mim.
Ah, os calores chegaram! Acordo no meio da noite querendo tirar toda a roupa. Quem diria que o Tiago estaria todo enrolado no edredom e eu não iria querer nem o lençol sobre a minha pele. Ainda por cima no inverno! Minha amiga Bel que diz que eu não tenho frio, eu sou com frio, iria se surpreender se visse.
O meu livro de cabeceira informa que o meu útero já tem o tamanho de uma bola de basquete e que o Luca tem cerca de 30 cm e pesa cerca de 900 g.
Li que o meu neném começou a desenvolver o tato. Engraçado que senti uma mudança nos movimentos fetais, que antes mais pareciam chutes e que agora são como se ele estivesse alisando a barriga por dentro. Minha mãe e o Tiago disseram que ele está retribuindo os carinhos que faço. Acredito que ele esteja se deliciando com a descoberta do tato.
Contei para o Tiago que os ouvidos do pequerrucho já estão funcionando e que, ao nascer, reconhecerá as vozes que mais ouviu durante a gestação e estas irão acalmá-lo. Ele passou a conversar mais com o Luca. O pequeno adora ouvir a voz do pai, parece que responde se mexendo, chutando.
O Luca ainda não enxerga, porém a partir deste mês se torna sensível à luminosidade, podendo proteger os olhos com as mãos quando exposto a muita luz. 
O melhor é saber que, caso ele seja apressadinho e resolva nascer antes do tempo, a partir deste mês poderá sobreviver com cuidado intensivo. Apesar de que espero que ele seja bem calminho e espere o dia 23 de novembro, para nascer no aniversário do primo Leon.

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