terça-feira, 3 de março de 2015

Luca e a minha hérnia de disco

17 de agosto de 2014
Eu estou com hérnia de disco. Outro dia o Luca me abraçou e disse: "mamãe, vou cuidar de você até sarar." Depois colocou a cabeça no meu colo: "como eu gosto de você!".
Ás vezes, ele fica cansado dessa história de dor que impede a mãe dele de dar colo e fazer uma porção de coisas. Aí me beija e diz: "pronto, você já sarou!".
Hoje, na hora de arrumar o quarto ele disparou essa: "não posso, estou com dor nas costas."

Lu e eu.

Mesversário da Nina: 10 meses

Em 09 de fevereiro, a Nina completa 10 meses. Está quase andando. Ao ser colocada na chão fica com a perninha dura para não sentar. Se engatinha, é para chegar em algo em que possa se apoiar para ficar de pé. Volta e meia, se solta e fica de pé sozinha uns segundos antes de cair de bumbum no chão, toda feliz. Começa a andar se apoiando nos móveis. 
Continua muito interessada em comida, mas mata sua fome com pouco. Gosta de comer sozinha e dá os seus jeitos quando engasga. Prefere a comida do prato dos adultos. Come melhor quando finjo que estou comendo a comida dela. Quando acaba, pede para ir para o chão e se aloja debaixo da cadeira do Luca para comer as migalhas, com as quais completa suas refeições. 
É brava! Fica muito chateada quando é impedida de fazer o que quer. 
Já aprendeu que precisa se fazer ouvir, então solta uns berros quando precisa. 

É dengosa, adora um chamego, um colinho, um cheirinho, um dengo. 
Não para quieta e tem faro para mexer exatamente no que não pode. 
Já provou pedra, folha de planta, papel e tentou comer uma formiga que passou no seu caminho. 
Não dorme bem, nem de dia, nem de noite. 
Responde a todos com um sorriso. Gargalha com o irmão, seu ídolo. 
Gosta de banho de banheira, adora piscina, ama praia! 
Já fala: mamãe, papai, água, qué, dá, papa (comida) e papa (passear). Coloca a flauta na bota e imita o som, como se estivesse tocando.
Tem preferência pelos brinquedos do Luca, pela cama do Luca, por brincar com o Luca,pelo Luca inteiro!
Me faz muito feliz!

Luca no Yellow Submarine

19 de novembro de 2014
Há 6 meses o Luca escolheu o tema para sua festa de 3 anos: Yellow Submarine. Escolheu, está escolhido.
Foi uma festa animadíssima, feita a 20 mãos e muito curtida.
















Viva o Luca!!!

Novembro de 2014
Nesta época do ano passado eu estava mergulhada no universo dos barquinhos de papel. Este ano, estou mergulhando mais fundo, com um submarino de papel. Viva o Luca!

Amizade

Eu e 5 amigas da faculdade nos encontramos mensalmente há 15 anos. Uma de nós se mudou para Barcelona há algum tempo. Em outubro reunimos nossos filhos pela primeira vez. Foi emocionante. Segue uma série de fotos históricas.


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Bianca

O Luca vive me falando sobre seus melhores amigos. Hoje eu disse a ele que iria conhecer uma das minhas melhores amigas. Recebemos a visita ilustre da minha amiga Bianca, que mora em Barcelona. Ela conheceu os meus filhos e eu conheci a Numa, sua pequena. Foi um momento muito especial! 20 de outubro de 2014.

Batizado da Flora

Padrinho é o segundo pai. É uma grande honra! O Ti é o padrinho da Flora e eu sou a "padrinha". Foto de 12 de outubro de 2014.


Dia das Crianças 2014

Passamos o Dia das Crianças de 2014 com os primos Dalmasso. Bom demais! Nina conheceu a prima Clara e todos matamos as saudades dos primos Gabriel e Flora. Voltaremos em breve.
Somzeira!

"Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia..."

Farra entre primos!

Pintando o sete!

Tal pai, tal filho.

Vovó Leninha curtuindo demais os netos.

No meio do mato é melhor!

Começando a comer

Vai, vida, e seja doce como a primeira cenoura da minha filha.

Mesversário da Nina: 6 meses!

6 meses e mais linda a cada dia!

Mesversário da Nina: 5 meses!

Minha moranguinho gostosa completou 5 meses de pura gostosura em 9 de setembro de 2015. Já manda beijinhos, se arrasta para frente e para trás, virando e desvirando com tanta desenvoltura que chega mesmo a se locomover assim. Alcança brinquedos, explora o mundo. Está interessadíssima em tudo o que comemos. Continua tendo períodos em que nega o peito (depois passa). Tem acordado demais à noite, porém dormido melhor de dia.

Música para a Nina

Nina Menina do meu coração
Pequena Nina
Nina pequenina
Pequenininha do meu coração

Para não esquecer

Máximas do Luca:
1. Sempre que ele vê alguém chorando, pergunta: "cadê a mamãe dele?". Não existe outra opção: se tem alguém triste, está faltando a mamãe. 


2. Nina chorava. O Luca olhou pra mim e perguntou: "cade a mamãe dela?"

3. A avó do Luca veio buscá-lo para passear e perguntou: "cade a Nina?". Ele prontamente respondeu: "está no colo da mam
ãe do Luca".

4.  Na viagem para a Europa, entrávamos nos aviões com mochila + neném e atravessávamos aqueles corredores estreitos falando "thank you" e "sorry". O Luca rapidamente aprendeu essas duas palavrinhas e passou a aplicá-las muito bem. Já no Brasil, um mês depois, entramos em um voo para Sampa e ele logo disparou: "sorry, thank you, sorry, thank you".


Nós em um piquenique no Parque Guinle em agosto de 2014.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O excesso de uso de celulares e telas por crianças


Segue um resumo do ótimo texto de Daniel Becker sobre o excesso de uso de celulares e telas por crianças:
"Evidencias apontam que para além dos riscos já conhecidos do excesso de telas (obesidade, sedentarismo, insônia, agressividade, impulsividade, hiperatividade e problemas de atenção, perda da criatividade) somam-se novos: a "demência digital”- queda nas habilidades cognitivas e na memória de crianças, ansiedade social e agora o aumento do risco para tumores malignos.
Então, as recomendações:
Para os telefones e outros dispositivos sem fio:
- A distância é sua amiga. Afaste a radiação de si e de seus filhos. Calcula-se que mantendo o telefone celular a 15 cm do ouvido diminuímos em milhares de vezes o risco.
- Quando ligado e não em uso, o telefone não deve ser mantido perto no corpo. O melhor lugar para um telefone celular é a bolsa ou a mochila.
- Os aparelhos devem ser mantidos longe da barriga da mulher grávida. A mãe não deve usar durante a amamentação. Uma criança que leva um celular no bolso da calça traz um risco potencial (não demonstrado, enfatizo: potencial) para a sua fertilidade. Não deixe uma adolescente colocar o telefone no sutiã. Ora, por motivos óbvios.
- Converse com crianças e adolescentes sobre como usar telefones com cuidado. Uma pesquisa do Pew Center nos EUA mostrou que 75% dos pré-adolescentes e adolescentes dormem a noite toda com o celular debaixo do travesseiro. Impensável.
- A babá eletrônica, esse aparelho inútil e invasivo do sono dos pais, não deve ser colocada no berço do bebê. Roteadores wifi devem ser mantidos fora do quarto das crianças.
Para as telas em geral:
- Limite o tempo de tela de seus filhos (e o seu). Para os menores de 2 anos, o recomendado é zero. Sabemos que isso é inviável, mas faça o possível para chegar perto.
- Para os mais velhos procure limitar o tempo a duas horas por dia. Acredite: é possível. Ofereça opções.
- Designe “momentos-sem-tela” na rotina de casa (refeições, hora de brincar com brinquedos de verdade, ler livros, contar historias, jogar);
- Designe “áreas-sem-tela”: uma boa ideia é limitar o acesso ao computador, TV e tablets às áreas comuns. TV no quarto é o veneno supremo. Para você também, aliás.
Finalmente: saia de casa. Vá com as crianças ao teatro, ao cinema, ao museu, ao show, à roda de brincadeiras. E o supremo antidoto: desfrute da natureza - parques, praças, bosques, praias, cachoeiras, florestas. Tem (quase) sempre uma perto de você neste país abençoado. Ali não há wifi, e melhor ainda se não houver sinal de celular por um tempo. Em vez de sinal, você vai ter conversa, convívio, troca de olhares, afeto, cuidado, desfrute, prazer, gelado, quentinho, abraço, beijo, brincadeira, jogos, gargalhadas, cantoria, histórias, balanço e gangorra, corrida e pulação, sujeira, bichos, fura-onda. E um tsunami de boas lembranças. São elas que ficarão na memoria afetiva de seus filhos e vão transformá-los em seres humanos melhores para si próprios e para a sociedade e o planeta onde vivem.
Crianças: já pra fora!!"


Para ler mais, acesse: https://www.facebook.com/pediatriaintegral 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Rádio Radinho

Mãe que acorda ouvindo Rádio Radinho é uma mãe feliz! Super recomendo: http://radioradinho.com.br/

A Radio Radinho encanta por ter uma seleção musical feita para crianças e para pais que querem dar uma formação musical e multicultural para os filhos. Faz a gente aqui em casa cantar e dançar!
A rádio é feita por três velhos amigos que juntaram-se em torno desse projeto: Roberto Coelho, músico e produtor, André Prado, publicitário e Edgard Piccoli, apresentador e produtor. A idéia surgiu a partir de uma constatação do André de que não havia nenhuma rádio direcionada a esse segmento, o de crianças e pais novos. O Roberto começou então a compilar o material musical com base nas seleções que fazia para sua filhinha e a partir daí o Edgard passou a selecionar os playlists e a programar a grade da Rádio Radinho. A pesquisa do material e o amadurecimento da idéia se deu no prazo de dois anos aproximadamente. 
A Rádio Radinho estreou na web início de 2013. 
A programação é composta por músicas que acrescentem algo à formação musical, cultural e intelectual da criança, suscitando conversas entre pais e filhos, possibilitando o enriquecimento e ampliando os horizontes dos ouvintes. Cada programa da grade gira em torno de um tema. Há ainda boletins voltados à informações sobre saúde, alimentação, educação, desenvolvimento infantil, além de depoimentos lúdicos de profissionais sobre suas memórias afetivas da infância.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Feliz Dia dos Pais, papai Arthur

Pai,

Eu não lembro, mas me contaram que você convenceu a minha mãe a voltar do Perú para eu nascer brasileira e pertinho de você. Sei que lavava as minhas fraldas, que disputava com a minha mãe empurrar o meu carrinho de bebê. Não sei se é uma memória inventada: aprendendo a andar, eu ia da minha mãe pra você e voltava pra ela, no calçadão do Leme. Uma das minhas primeiras lembranças é acampando com você e minha mãe. Lembro que você andava rápido e eu me sentia privilegiada de andar ao seu lado, quase correndo. Eu dizia que seria muito, muito alta: do tamanho do meu pai! Lembro quando você chegou com o TL vermelho de 4 portas, me disse que era um presente para a minha mãe, me deixou sentar no seu colo e dirigir e me levou com você para pagá-lo. Lembro que gostava que eu te presenteasse com meus desenhos. Uma vez, eu tinha te dado um desenho e depois resolvi dá-lo a um amigo seu e você me explicou que não se pode dar a alguém o que já se deu a outra pessoa. Eu adorava ir a sua oficina de móveis. Eu achava muito engraçado que você ronronava quando eu fazia massagem. Lembro que ficou feliz uma vez, quando reconheci que quem cantava no rádio era a Elis Regina. Lembro que você fazia gemada e, ao ouvir o barulho da colher batendo no pirex, eu e os meus irmãos corríamos todos para comer. Quando andávamos juntos na calçada você me mantinha do lado de dentro, longe dos carros. Íamos às cachoeiras, mergulhávamos em rios. Eu e meus irmãos adorávamos quando você nos levava para o fundo do mar, às vezes todos no mesmo colo, apesar do seu medo de água fria. Teve uma época em que eu queria ser sapateira, como meu pai. Depois, passeia a não gostar dos seus cabelos e barba compridos, nem das roupas de algodão branco bordado com ponto cruz que usávamos, nem dos sapatos de crochet . Diziam que eram de hippie e eu não gostava de ser hippie. Tinham 3 "Arthures" na cidade e você era o "Arthur hippie", mas me explicava que não era hippie e o que eram os hippies. De vez em quando, você fazia mexidos deliciosos, fazia hamburguer de carne moída! Uma das minhas lembranças mais feliz é de um dia em Rio das Ostras que nós, o Louro e o Miguel passeávamos de carro, ouvindo Gilberto Gil, cantávamos e batíamos palma e você soltava o volante e batia palmas também. Em casa, você apagava a luz no interruptor e soprava a lâmpada e nós fingíamos que acreditávamos que você tinha apagado com a boca. A mamãe não gostava que você fizesse este tipo de coisas. Você me ensinou como comer mais goiabada, tendo apenas um pedaço: "dividindo em 2", claro! Eu sentia vergonha quando você beijava a minha mãe. Não sabendo o que fazer, me metia entre vocês para atrapalhar. Lembro quando comprou o som para a nossa casa e trouxe uma fita do Pluct Plact Zum que eu ouvia sem parar. Nós esperávamos ansiosos pela sua volta quando viajava. Reconhecíamos o ruído do seu carro e corríamos para recebê-lo com o rosto colado na porta de vidro de uma das casas que moramos. Fazíamos bagunça juntos, pulávamos nas almofadas. Você ensinou a mim, ao Lourenço e ao Miguel a nadar no mesmo dia, na piscina da casa do vovô. Me ensinou a andar de bicicleta e a soltar pipa. Quando a mamãe viajava você nos deixava fazer tudo errado: comer doce, dormir tarde... e eu me sentia sem chão. Você não gostava quando eu organizava a sua oficina, dizia que depois não encontrava nada. Você fugia dos meus irmãos pela janela para jogar futebol. Às vezes, você os levava e uma ou outra vez me levou também. Íamos pelo meio do mato, beirando o rio, passávamos pelo matadouro: um mundo novo que eu ia descobrindo. Você fazia gol e dizia que era pra mim. Me levou para pescar. Adorava ouvir você falar dos livros, dos escritores, sobre história, política. A melhor coisa do mundo era quando você recitava poesias, algumas imensas! Quando você estava, os lanches eram muito mais divertidos. Gostava quando tínhamos conversas sérias e você falava como se eu não fosse pequena demais para entender. Lembro que você não sabia de cor as nossas idades, nem em qual série cada um estava. Isso me indignava. Teve um aniversário seu, você estava viajando, mas iria chegar, era óbvio. Eu e a minha mãe preparamos a festa, eu fiz pasteis, que ficaram folheados para o meu orgulho, mas você só chegou no dia seguinte. Mesmo assim, festejamos com fogueira e com os seus amigos. Sei que você viajava muito, mas não sembro de sentir saudade doida, nem de você ser ausente, apesar de não lembrar de você nos dando banho, comida, colocando para estudar. Essas eram tarefas que a mamãe fazia com tanta maestria que parecia que só ela podia fazer. Inclusive, dentre tantas coisas boas que você fez por mim como pai, escolher uma mulher tão mãe para ser nossa foi um grande mérito! Tenho muitas outras boas lembranças, mas estas aqui escritas são o meu presente de Dia dos Pais pra você.
Luca, com meses, curtindo o colinho do vovô Arthur.

Feliz Dia dos Pais, papai Tiago!

Feliz Dia dos Pais a você que lutou comigo por 4 anos para sermos pais, que segurou a minha mão toda a vez que tomei injeção hormonal na barriga, que teve forças para tentar comigo vários tratamentos de fertilidade, que apertou a minha mão com força todas as vezes que fomos ver o resultado de um teste de gravidez! A você que foi a todas as ultra-sonografias e consultas pré-natais e pediátricas, que se emocionou ouvindo os coraçõezinhos, planejou o quarto das crianças, perdeu 3 filhos e me deu força para continuarmos acreditando que poderíamos ser pais! Pra você que é um pai canguru e madruga para ficar com as crianças e me deixar descansar, que é pós-graduado em trocar fralda de cocô, curar assadura, dar banho, fazer papinha, que lê tudo sobre desenvolvimento fetal, infantil e educação! Pra você que merece meu agradecimento eterno por ter lutado pelo parto normal dos seus filhos, ter estado de mãos dadas comigo quando eles nasceram, por ter se preocupado que eu comesse ácido fólico, ferro, cálcio e etc. durante as gravidezes e continuado tentando mesmo quando eu olhava para a comida e vomitava! Por ter se preocupado em me trazer água toda a vez que eu amamentei, por me incentivar a amamentar nossos filhos, por acreditar na importância da minha dedicação a eles, na nossa dedicação! Por jogar bola, levar na praia, mergulhar na piscina, levar para andar de bicicleta, ir às reuniões de pais, planejar viagens, cortar unhas! Pra você que, cansado do trabalho do dia, ainda planeja o que as crianças vão comer no dia seguinte, conversa comigo sobre os erros e acertos na educação e planeja nossos próximos passos para acertarmos os ponteiros! Feliz Dia dos Pais pra você que inventa brincadeiras para não deixar o Luca da frente do computador, que sabe todas as músicas infantis de cor, que pula, corre e dança com nossos pequenos, lê histórias, leva para vacinarem, se preocupa em ser bom exemplo (mesmo que às vezes não consiga)! Feliz Dia dos Pais pra você que é a cada segundo o melhor pai que nossos filhos podem ter! 


Viva a Nina!

A Nina está completando 4 meses e a cada dia está mais esperta e sorridente. Já se vira e desvira sozinha, segura tudo o que vê e leva a boca. Quando fica feliz solta uns gritinhos fofos e animados, fica "puxando conversa" e se a gente dá trela bate altos papos. Dorme bem à noite, curte tomar banho e fica fascinada pelo irmão. Adora acariciar a barba do papai e chupar 2 dos seus dedinhos ao mesmo tempo. Não é de ficar agarrada ao peito. Quando está com soninho dorme sozinha, apesar de às vezes gostar de ser embalada. Ao receber um carinho na têmpora, para o que estiver fazendo, fecha os olhinhos e curte. Parece ter alergia respiratória, está com o nariz escorrendo e com tosse. Só chora para limpar o nariz. Está aprendendo a deixar o papai cortar as unhas sem fazer escândalo. Quando acorda, chama os pais e, ao ouvir nossa voz, já começa a sorrir. Adora uma farra! Gargalha com qualquer brincadeira. Continua com os olhos claros. Tem lindos cílios longos e seus cabelos estão tão compridos que chegam a fazer cachos atrás da orelha. Dizem que parece comigo, com o papai, com o Luca e com a vovó Beth. Recém-nascida era a cara da vovó Leninha quando neném. Ao ser colocada no berço, agita as perninhas e olha fixamente para o móbile até que alguém dê corda e o coloque em movimento tocando música. Então, sorri e até gargalha. Sempre dorme quando passeia de canguru com o papai. Gosta de passear de carro, comportando-se muito bem na cadeirinha. Faz todos ao seu redor feliz!



quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Parto da Nina

Ola! Estou de volta ao blog. Durante o tempo em que estive ausente fiz um diário e aos poucos vou atualizando aqui.
Vou começar com um relato sobre o parto. Não é fácil, pois as lembranças parecem de um sonho, mas quero deixar aqui registrado antes que fiquem ainda mais distantes.


Diário 12/04/2014
Eu já não conseguia evitar a ansiedade. Passei a gravidez temendo um parto prematuro, por conta do diagnostico de placenta prévia e já tinha completado 38 semanas e a Nina não nascia. Não que houvesse risco, meu obstetra me deixava tranquila quanto a isso, mas a mala da maternidade já estava pronta há 3 meses, o quarto impecável, tudo planejado há tempos, então a sensação era de que ela estava atrasada.
Na véspera, senti uma mudança na movimentação da Nina. Ela passou a mexer pouco. Conversarei com minha cunhada Isa, que é doula, e ela me disse que a pequena poderia estar guardando energia para o parto, que deveria estar próximo. À noite, sai para o encontro mensal das minhas amigas arquitetas. Na despedida, elas colocaram, todas juntas, a mão na minha barriga e disseram: "vem, Nina!" 
Deu certo! Levantei as 4 da manhã para ir ao banheiro e me assustei: estava toda suja de sangue. Acordei o Tiago. No banheiro, mais sangue desceu em um jato. Ligamos para o obstetra e ele nos mandou imediatamente para a maternidade. Ligamos, então, para os meus sogros, que estavam esperando este momento há alguns dias, talvez até há alguns meses, e eles vieram ficar com o Luca. Sai de casa achando que estava indo fazer uma cesárea. O Dr. Marcos Dias havia me dito que o tipo de parto seria definido pelo tamanho do sangramento, uma vez que os exames tinham indicado que eu tinha placenta prévia. No carro, a bolsa rompeu. O médico já estava nos esperando na maternidade. Comecei a sentir uma leve cólica. Ao chegar no centro cirúrgico eu já estava sentindo fortes contrações e já tinha 6 de dilatação. Porém, o sangramento estava controlado e tentaríamos parto normal! As contrações estavam doídas! Perguntei ao médico se ele achava que seria melhor sem anestesia ao que ele respondeu que, no meu caso, acreditava que a anestesia iria ajudar, porque as contrações eram muito fortes, porém não dilatavam proporcionalmente. Ufa! Fui anestesiada. Diferente dos outros partos, eu sentia as contrações. Quando elas vinham eu fazia força. O Dr. Marcos ia me dizendo: "7. Força! 8. Força! 9. Força! 10. Coroou! Força que ela está nascendo!"  Nessa hora senti dor como se não estivesse anestesiada. Toda a equipe me encorajava. Parecia que eu não tinha mais de onde tirar força, mas de repente senti ela sair.  Logo a Nina veio para o meu colo, pequena e cor de rosa, ainda com o cordão umbilical pulsando. Ali mesmo o pediatra fez os exames que precisava, enquanto o obstetra tirava a placenta e cuidava de mim. Eu só dizia: "minha menininha! Minha Nina menina!"
Ela nasceu cor de rosa, 3 horas depois do sangramento inicial! Na véspera eu tinha pedido ao Luca que conversasse com a irmãzinha porque já estava na hora dela nascer e nós queríamos ver se ela era grande ou pequeninimha, qual era a cor do seu cabelo e dos seus olhos. Ele disse: "mamãe, ela é bem pequenininha e cor de rosa". A descrição do meu filho estava perfeita!
Só depois de um bom tempo no meu colo é que a pequena foi, acompanhada do pai, pesar e medir. Não tomou banho, colocou sua primeira roupa e veio mamar no meu peito. 


terça-feira, 1 de abril de 2014

Minha experiência: episiotomia, um ótimo anticoncepcional

O meu segundo parto, quando nasceu o meu filho Luca, não foi uma experiência ruim. Na véspera, à noite, saiu o tampão mucoso com um pouco de sangue. Às 3 da manhã, tive uma diarreia. Só tive certeza que as dores que sentia eram contrações e não dores intestinais as 4 da manhã. Acordei o meu marido, ele começou a medir as contrações que estavam vindo de 3 em 3 minutos. Achou que estava medindo errado e acordou a nossa doula, minha cunhada Isa que dormia no quarto ao lado. Ela mediu e era isso mesmo. Resolveu fazer o toque: 6 de dilatação. Avisamos ao médico e fomos para o hospital que ficava a 5 minutos da minha casa. Cheguei lá com 8 de dilatação, fomos para a sala de parto. Cheguei lá com 10 de dilatação. O obstetra disse que o meu filho não estava encaixado. Minha doula perguntou se eu me lembrava dos exercícios que tinha aprendido na aula de parto para ajudar o neném a encaixar. Naquela situação eu não lembrava de mais nada, mas me ocorreu que ficar deitada não era uma boa. Estava deitada desde que chegara ao hospital. Pedi para ficar de pé e assim que o fiz a bolsa estourou. Senti, então, uma dor alucinante e pedi para ser anestesiada. Sabia que com anestesia viria um pacote. Foi o que aconteceu: me deitaram, anestesiaram até eu quase ficar desacordada. Eu não sentia mais as contrações, então empurraram a minha barriga, apesar do meu marido pedir para não o fazerem, e fizeram a episiotomia. O meu filho nasceu 15 minutos depois da chegada à sala de parto. Neste momento eu não estava me importando por terem feito tudo o que eu havia pedido que não fizessem. Eu só queria que o meu filho nascesse e que ficássemos todos bem. Foi o que aconteceu.

Porém, o pós-parto foi muito complicado. Eu havia aprendido que, no caso de se fazer hepisio (como o procedimento é carinhosamente chamado), uma almofada dessas que é vendida para quem opera hemorroidas era uma boa. Porém, nunca imaginei que fosse tão essencial e não tinha comprado a minha. Depois de uns dias sentindo muita dor o meu marido saiu para comprar uma. Não encontrou e voltou de mãos abanando. Eu não conseguia me sentar sem sentir MUITA dor, a não ser na cadeira para amamentar, uma berger. E olha que eu sou forte para dor. Depois de uns dias, um dos pontos inflamou. A dor triplicou. Era apenas um pontinho inflamado. Mas já pensou o que é ter um machucado e sentar sobre ele? Pior, colocar um absorvente nele, depois a calcinha, que fica mexendo a cada movimento e manter o curativo fechado? Fechado e encharcado de sangue (eu sangrei por 40 dias). Posso dizer que é ruim. Mas para algumas pessoas dura alguns dias, cicatriza e fica tudo bem. Só que depende do que foi cortado. Pensa que o médico sabe o que está cortando? Não, ele não tem controle. Pode ser apenas a pele do períneo, ou pode ser muito mais. No meu caso foi muito mais. Por isso a ONS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a episiotomia não seja feita rotineiramente. 
Os pontos secaram e sumiram mas a minha dor intensa durou mais de 40 dias. E depois, mais 9 meses doendo sem conseguir ter relações sexuais. Um ótimo anticoncepcional, essa tal de episio!
Por isso, para o parto da Nina procurei um médico que trabalha na conscientização necessária para a mudança de paradigma em relação à episiotomia. Episio, só se for necessário. É como a cesária, não se faz a toa.
Por isso também busquei artigos na OMS sobre o tema. Já tinha lido diversos livros e artigos e todos sitavam a OMS. Fui direto à fonte. Segue um dos artigos que encontrei. Livre tradução com ajuda de tradutores on line.


A EPISIOTOMIA PARA PARTO VAGINAL

Limitar o uso da episiotomia para indicações rigorosas tem uma série de benefícios: menos trauma perineal posterior , menos sutura e menos complicações. Embora a episiotomia possa aumentar o risco de trauma perineal anterior não causa uma redução na maioria das medidas de dor e trauma vaginal ou perineal grave.


1 . RESUMO DAS PROVAS

O uso restritivo da episiotomia em partos vaginais sem complicações , ao contrário de episiotomia de rotina está associada a um menor risco de trauma perineal posterior requerendo sutura. Não há nenhuma diferença no risco de trauma grave vaginal ou perineal , dor , dispareunia ou incontinência urinária . No entanto , há um aumento do risco de trauma perineal anterior . Esta correcção não resolve a questão sobre o tipo de episiotomia deve ser escolhido , médio ou médio-lateral .

Todos os ensaios controlados de forma adequada , que pode ser identificados foram incluídos.


2. RELEVÂNCIA PARA BAIXA RENDA

2.1 . Magnitude do problema

Infelizmente , a episiotomia de rotina ou uso liberal da episiotomia , é muito comum na falta de recursos e, em alguns países desenvolvidos. É provável que estes contribuem para a persistência no uso desta prática também dotada, apesar da evidência esmagadora contra a sua utilização de rotina .

Tendo em conta que em muitos países, o HIV / SIDA continua a crescer rapidamente e, na maioria dos países afetados , mais de um terço das mulheres são crianças infectadas pelo HIV , considere tanto protecção dos trabalhadores de saúde e os riscos de transmissão vertical associado ao uso da episiotomia . Durante episiotomia sutura há um alto risco de picar o dedo , especialmente se você usar uma pequena agulha. Os dados atuais indicam que , possivelmente, tenha subestimado o papel da transmissão vertical do HIV no nascimento. Portanto , qualquer intervenção pode aumentar o risco de transmissão vertical .

Devido a isso , em países em desenvolvimento , bem como os desenvolvidos , são mais do que suficientes para neutralizar o uso excessivo de episiotomia .

2.2 . Viabilidade da intervenção

Alguns países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento , conseguiu reduzir a freqüência de episiotomia .

O aumento moderado do trauma anterior demonstrado pela revisão não deve ser visto como um factor de dissuasão . Em geral , o trauma perineal anterior é ligeira e , como mostrado indirectamente na análise Cochrane , o aumento do trauma anterior , não foi associada com o aumento do trauma ou mais severa necessitando de sutura.

2.3 . Aplicabilidade dos resultados da Cochrane Review

Os resultados da revisão aplicam-se igualmente aos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento . No entanto, o uso rotineiro de episiotomia em mulheres que tiveram algum tipo de mutilação genital é uma área que deve ser investigada. Na maioria das formas mais avançadas , a MGF restringe significativamente o orifício vaginal ; praticando parteiras e pessoal médico , em tais casos, incluindo a episiotomia de rotina. Não existe informação suficiente sobre a implementação ideal de episiotomia em mulheres com mutilação genital , seja na indicação e técnica.

2.4 . Implementação da intervenção

Alguns países têm limitado o uso da episiotomia para indicações rigorosas através da adesão aos protocolos padrão, formação e reciclagem e monitoramento de processos e melhoria da qualidade. Levando em conta a força da evidência eo uso freqüente do procedimento, reduzindo as taxas de episiotomia pode ser considerado um teste decisivo para a implementação de serviços de saúde reprodutiva baseada em evidências.

2.5 . Pesquisa

Mais pesquisas são necessárias sobre os méritos relativos de episiotomia mediana contra episiotomia médio-lateral . Neste caso, os resultados de estudos clínicos controlados em países desenvolvidos também pode ser aplicado em ambientes pobres em recursos .

Estudos sobre as consequências de obstetrícia da mutilação genital feminina deve analisar o valor da episiotomia neste grupo de mulheres.

Fontes de Financiamento: Organização Mundial da Saúde, Genebra, Suíça.

Este documento deve ser citado como : Liljestrand J. episiotomia para o parto vaginal : comentário RHL (última revisão em : October 20 , 2003). A Biblioteca de Saúde Reprodutiva da OMS, em Genebra: Organização Mundial da Saúde. Episiotomía en el parto vaginal.


Versão original:

La limitación del uso de la episiotomía a indicaciones estrictas tiene una serie de beneficios: menos traumatismo perineal posterior, menos necesidad de sutura y menos complicaciones. Si bien la episiotomía puede aumentar el riesgo de traumatismo perineal anterior, no provoca una reducción en la mayoría de las medidas de dolor y de traumatismo perineal o vaginal severos.

1. RESUMEN DE LA EVIDENCIA

El uso restrictivo de la episiotomía en partos vaginales sin complicaciones, en oposición a la episiotomía de rutina, se asocia a un menor riesgo de traumatismo perineal posterior y necesidad de sutura. No existe diferencia en cuanto al riesgo de traumatismo vaginal o perineal severos, dolor, dispareunia o incontinencia urinaria. Sin embargo, hay un riesgo aumentado en el traumatismo perineal anterior. Esta revisión no resuelve la pregunta acerca del tipo de episiotomía que se debería elegir, la mediana o la mediolateral.

Se incluyeron todos los estudios clínicos adecuadamente controlados que pudieron identificarse.

2. RELEVANCIA EN LUGARES DE ESCASOS RECURSOS

2.1. Magnitud del problema

Lamentablemente, la episiotomía de rutina o el uso liberal de la episiotomía, es muy frecuente en lugares de escasos recursos y en algunos países desarrollados. Es probable que estos últimos contribuyan a la persistencia en cuanto al uso de esta práctica también en lugares de escasos recursos, a pesar de la abrumadora evidencia contra su uso rutinario.
Si se tiene en cuenta que, en muchos países, la epidemia de VIH/SIDA todavía continúa creciendo rápidamente y que, en la mayoría de los países afectados, más de un tercio de las mujeres tienen neonatos infectados por VIH, se debe considerar tanto la protección de los trabajadores de la salud como el riesgo de transmisión vertical asociado con el uso de la episiotomía. Durante la sutura de las episiotomías existe un alto riesgo de pincharse un dedo, en especial si se utiliza una aguja pequeña. Los datos actuales indican que posiblemente se ha subestimado el papel de la transmisión vertical de la infección por VIH en el parto. Por lo tanto, cualquier intervención puede incrementar el riesgo de transmisión vertical.
Debido a esto, en los países en vías de desarrollo, así como en aquellos desarrollados, existen motivos más que suficientes para contrarrestar el uso excesivo de la episiotomía.

2.2. Factibilidad de la intervención

Algunos países, tanto desarrollados como en vías de desarrollo, redujeron satisfactoriamente la frecuencia de las episiotomías.
El aumento moderado del traumatismo anterior demostrado por la revisión no debería considerarse como un factor de impedimento. En general, el traumatismo perineal anterior es leve y, como se demuestra indirectamente en la Revisión Cochrane, el aumento en el traumatismo anterior no se asoció al incremento en el traumatismo severo o a una mayor necesidad de sutura.

2.3. Aplicabilidad de los resultados de la Revisión Cochrane

Los resultados de la revisión se aplican de igual modo a países desarrollados y a aquellos en vías de desarrollo. No obstante, el uso rutinario de la episiotomía en las mujeres que padecieron algún tipo de mutilación genital es un área que se debe investigar. En la mayoría de las formas más avanzadas, la mutilación genital femenina restringe el orificio vaginal significativamente; la práctica de las parteras y el personal médico, en esos casos, incluye la episiotomía de rutina. No se cuenta con información suficiente acerca de la aplicación óptima de la episiotomía en mujeres con mutilación genital, tanto sobre la indicación como la técnica.

2.4. Implementación de la intervención

En algunos países se ha limitado el uso de la episiotomía a indicaciones estrictas a través del cumplimiento de protocolos estándar, capacitación y repetición de la capacitación y procesos de supervisión y mejora de la calidad. Si se tiene en cuenta la solidez de la evidencia y el uso frecuente del procedimiento, la reducción de las tasas de episiotomía pueden considerarse como una prueba de fuego para la aplicación de la atención de la salud reproductiva basada en la evidencia.

2.5. Investigación

Es necesario realizar más investigaciones acerca de los méritos relativos a la episiotomía mediana versus la episiotomía mediolateral. En este caso, los resultados de los estudios clínicos controlados efectuados en países desarrollados también podrían aplicarse en lugares de escasos recursos.
Los estudios sobre las consecuencias obstétricas de la mutilación genital femenina deberían analizar el valor de la episiotomía en este grupo de mujeres.
Fuentes de financiación: Organización Mundial de la Salud, Ginebra, Suiza.

Este documento debería citarse como: Liljestrand J. Episiotomía en el parto vaginal: Comentario de la BSR (última revisión: 20 de octubre de 2003). La Biblioteca de Salud Reproductiva de la OMS; Ginebra: Organización Mundial de la Salud.

Recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Atendimento ao Parto Normal

A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas 
  1. Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, a sua família. 
  2. Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto.  
  3. Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao término do processo do nascimento.  
  4. Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto.  
  5. Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações.  
  6. Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante.  
  7. Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto.  
  8. Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto.  
  9. Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto.  
  10. Oferecer às mulheres todas as informações e explicações  que desejarem.  
  11. Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento.  
  12. Fazer monitorização fetal com auscultação intermitente.  
  13. Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto.  
  14. Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação da placenta.  
  15.  Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto.  
  16. Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto.  
  17. Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo pelo uso do partograma da OMS.  
  18. Utilizar ocitocina profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue.  
  19. Esterilizar adequadamente o corte do cordão.  
  20. Prevenir hipotermia do bebê.  
  21. Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno. 
  22.  Examinar rotineiramente a placenta e as membranas.
  B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
  1. Uso rotineiro de enema.  
  2. Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos.  
  3. Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto.  
  4. Inserção profilática rotineira de cânula intravenosa.  
  5. Uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto.  
  6. Exame retal.  
  7. Uso de pelvimetria radiográfica.  
  8. Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado.  
  9. Uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto e parto.  
  10. Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo.  
  11. Massagens ou distensão do períneo durante o parto.  
  12. Uso de tabletes orais de ergometrina na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias.  
  13. Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação.  
  14. Lavagem rotineira do útero depois do parto.  
  15. Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto.  

C) Condutas frequentemente utilizadas de forma inapropriadas 
  1. Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa. 
  2. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto. 
  3. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.  
  4. Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto.  
  5. Manipulação ativa do feto no momento de nascimento.  
  6. Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação.  
  7. Clampeamento precoce do cordão umbilical. 
  8. Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação.
D)  Condutas frequentemente utilizadas de modo inadequado    
  1. Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto.  
  2. Controle da dor por agentes sistêmicos.  
  3. Controle da dor através de analgesia peridural.  
  4. Monitoramento eletrônico fetal .  
  5. Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto.  
  6. Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços.  
  7. Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina.  
  8. Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto.  
  9. Cateterização da bexiga.  
  10. Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário.  
  11. Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto.  
  12. Parto operatório (cesariana).  
  13. Uso liberal ou rotineiro de episiotomia. 
  14. Exploração manual do útero depois do parto.