terça-feira, 2 de setembro de 2014

O excesso de uso de celulares e telas por crianças


Segue um resumo do ótimo texto de Daniel Becker sobre o excesso de uso de celulares e telas por crianças:
"Evidencias apontam que para além dos riscos já conhecidos do excesso de telas (obesidade, sedentarismo, insônia, agressividade, impulsividade, hiperatividade e problemas de atenção, perda da criatividade) somam-se novos: a "demência digital”- queda nas habilidades cognitivas e na memória de crianças, ansiedade social e agora o aumento do risco para tumores malignos.
Então, as recomendações:
Para os telefones e outros dispositivos sem fio:
- A distância é sua amiga. Afaste a radiação de si e de seus filhos. Calcula-se que mantendo o telefone celular a 15 cm do ouvido diminuímos em milhares de vezes o risco.
- Quando ligado e não em uso, o telefone não deve ser mantido perto no corpo. O melhor lugar para um telefone celular é a bolsa ou a mochila.
- Os aparelhos devem ser mantidos longe da barriga da mulher grávida. A mãe não deve usar durante a amamentação. Uma criança que leva um celular no bolso da calça traz um risco potencial (não demonstrado, enfatizo: potencial) para a sua fertilidade. Não deixe uma adolescente colocar o telefone no sutiã. Ora, por motivos óbvios.
- Converse com crianças e adolescentes sobre como usar telefones com cuidado. Uma pesquisa do Pew Center nos EUA mostrou que 75% dos pré-adolescentes e adolescentes dormem a noite toda com o celular debaixo do travesseiro. Impensável.
- A babá eletrônica, esse aparelho inútil e invasivo do sono dos pais, não deve ser colocada no berço do bebê. Roteadores wifi devem ser mantidos fora do quarto das crianças.
Para as telas em geral:
- Limite o tempo de tela de seus filhos (e o seu). Para os menores de 2 anos, o recomendado é zero. Sabemos que isso é inviável, mas faça o possível para chegar perto.
- Para os mais velhos procure limitar o tempo a duas horas por dia. Acredite: é possível. Ofereça opções.
- Designe “momentos-sem-tela” na rotina de casa (refeições, hora de brincar com brinquedos de verdade, ler livros, contar historias, jogar);
- Designe “áreas-sem-tela”: uma boa ideia é limitar o acesso ao computador, TV e tablets às áreas comuns. TV no quarto é o veneno supremo. Para você também, aliás.
Finalmente: saia de casa. Vá com as crianças ao teatro, ao cinema, ao museu, ao show, à roda de brincadeiras. E o supremo antidoto: desfrute da natureza - parques, praças, bosques, praias, cachoeiras, florestas. Tem (quase) sempre uma perto de você neste país abençoado. Ali não há wifi, e melhor ainda se não houver sinal de celular por um tempo. Em vez de sinal, você vai ter conversa, convívio, troca de olhares, afeto, cuidado, desfrute, prazer, gelado, quentinho, abraço, beijo, brincadeira, jogos, gargalhadas, cantoria, histórias, balanço e gangorra, corrida e pulação, sujeira, bichos, fura-onda. E um tsunami de boas lembranças. São elas que ficarão na memoria afetiva de seus filhos e vão transformá-los em seres humanos melhores para si próprios e para a sociedade e o planeta onde vivem.
Crianças: já pra fora!!"


Para ler mais, acesse: https://www.facebook.com/pediatriaintegral 

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