domingo, 11 de setembro de 2011

O diário do quinto mês - de 18 a 21 semanas e 6 dias

A divisão em semanas e o seu correspondente em meses é o que há de mais confuso em toda a gravidez. Pra falar a verdade, eu nunca entendi. O meu livro de cabeceira (O que esperar quando você está esperando) tantas vezes citado aqui faz uma relação, que é diferente da contagem do meu obstetra, que é diferente de como os meus sogros contam, que também não bate com o "Guia dos direitos da gestante e do bebê", que a minha sogra me deu na "Semana Nacional da Amamentação" (ela é pediatra). A importância desta relação das semanas com os meses é só para que eu possa responder com quantos meses estou. Todos perguntam em meses, ninguém entende esta contagem por semanas, mesmo outras gestantes...
Bem, escolhi a contagem do "Guia dos direitos da gestante e do bebê", que me pareceu o mais lógico. Segundo ele, completei o quinto mês com 21 semanas e 6 dias. O que quer dizer que no dia 18 de julho o meu BB fez aniversário. Parabéns, querido!


Depois desta imensa introdução, vamos ao que interessa. O meu quinto mês foi muito bom. Principalmente depois que passou a vigésima semana. Não me lembro se cheguei a mencionar aqui, mas a data prevista para o parto do meu pequeno é exatamente a mesma data prevista para o nascimento dos trigêmeos, com diferença de 1 ano, claro. Não pude deixar de temer esta data. Até este dia tive muito medo de perder o meu pimpolho. Por mais que eu me esforçasse para não comparar as duas gravidezes - elas foram completamente diferentes - esta coisa das datas muito me impressionou e amedrontou. Até passar o dia 09 de julho, tive medo de tudo. O mínimo esforço feito me causava culpa e arrependimento. Mas passou. No dia 09 de julho casaram-se os queridos Bruna e o João. Nós fomos no casamento e a minha maneira de deixar tudo pra trás foi dançar. Dancei bastante, apesar dos olhares que me mandavam sentar e me comportar como uma grávida. Daí em diante, senti-me bem mais confiante e com certeza o Tiago também se sentiu muito melhor, porque até então ela fazia tudo pra mim, para que eu não me esforçasse nem um bocadinho. Voltei a ajudá-lo a cozinhar diariamente e a cuidar da casa. 
Marquei uma conversa com a professora de antiginástica, disposta a começar a me exercitar. Infelizmente existem poucas professoras no Rio e elas dão aulas em bairros muito afastados do meu. Até pesquisei aulas de yoga perto de casa, mas acabei escolhendo fazer aula de yoga com a Fadynha. O que mais me atraiu nas aulas dela foram a possibilidade de estar em contato com outras grávidas (as aulas são só para gestante ou pós-parto) e a aula teórica sobre cuidados na gravidez, parto e pós-parto. AMEI! Nunca antes havia me interessado pela biologia humana, mas, desde a outra gravidez, acho impossível ter um neném crescendo dentro de mim e não saber o que está acontecendo com ele e comigo. Sou fascinada pelo assunto. 
O quinto mês deve ter sido também muito importante para o Tiago, porque, estando em contato com outras grávidas e tendo aulas teóricas 2 vezes por semana, tirei uma peso enorme das costas dele. Passei a ter um canal para conversar sobre o meu assunto predileto e parei de andar atrás dele diariamente querendo contar o que tinha descoberto sobre o desenvolvimento do BB. 
Continuo sentindo muitas dores no baixo-ventre e também nas laterais, por distensão dos ligamentos que sustentam o útero.
A azia, a dispepsia e a queimação continuam sem dar trégua.
Passei um tempo deveras preocupada com o meu peso. Não por medo de ficar gordinha depois do parto, mas por medo da diabetes gestacional. Resolvi seguir a dieta do meu livro de cabeceira. Eu e o Tiago passamos a comer ainda melhor, fazendo compras de hortifruti semanalmente, cortando doces (esta parte só eu...), comprando produtos integrais e cortando os brancos, bebendo ainda mais água. Mesmo assim, continuei engordando deveras e a preocupação só crescia. 

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